domingo, 22 de junho de 2008

Combate ao Mosquito


A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O "papa" da dengue visita o Rio de Janeiro

O médico cubano Eric Martinez, especialista em dengue, em visita ao Rio de Janeiro, disse que desde o fim da maior epidemia de dengue em Cuba, há 27 anos, não é registrado morte de crianças pela a doença. Para ele, uma das maneiras de evitar epidemias é diminuir a possibilidade do contato do mosquito transmissor da dengue com a população.
- A prevenção não é fácil. Depende de educação da população nas escolas, da melhora nas condições de abastecimento de água e ainda melhoria nas condições de moradia – explicou Martinez lembrando que as ações devem ser conjuntas.
O médico falou sobre a importância dos profissionais estarem atentos ao exame clínico para se identificar a forma mais grave da doença.
- A dengue clássica não é uma doença de apenas sete dias. Na verdade, ela dura 90 dias. Depois do período crítico, há uma fase de convalescença e o paciente tem queda de cabelo, irritabilidade, baixa produtividade e as crianças dificuldade de aprendizado – disse o médico recomendando repouso neste período.
Fonte: Jornal O Globo – 29/04/2008

CORDEL CONTRA A DENGUE

“Se quiser viver em paz
Não insulte nem arengue
Nem ande pelo subúrbio
Pra não cair no perrengue
Evitando com cuidado
Pra não ser picado
Pelo mosquito da dengue.”
Mestre Azulão
Ações contra a dengue
Marcos F. Moraes
Presidente da Academia Nacional de Medicina


A Academia Nacional de Medicina, preocupada com a epidemia de dengue de proporções inusitadas que assolam o nosso país e com o crescente número de mortes que vêm ocorrendo em diversos estados brasileiros, e em função dos objetivos do seu estado, que no capítulo II artigo 2º estabelece que “a Academia Nacional de Medicina foi fundada especialmente para responder a perguntas do governo, sobre tudo o que interessar à saúde pública e principalmente sobre as epidemias...”, sugere medidas de curto, médio e longo prazo para debelar este e outros agravos à saúde pública que vem se alastrando pelo Brasil.
A Academia Nacional de Medicina reuniu o seu corpo acadêmico em 17 de abril para debater o tema “Dengue no Brasil: uma tragédia anunciada”, que suscitou uma intensa discussão, particularmente sobre os seguintes aspectos:
1) A fragilidade do SUS no atendimento quantitativo e qualitativo dos casos de dengue.
2) A inadimplência de grande parte dos municípios brasileiros no controle da doença e de sua transmissão, que se arrasta há mais de duas décadas, com altas e baixas ao sabor da sazonalidade que inibe ou estimula o crescimento do vetor e pela própria imunidade da população atingida.
3) A incompetência técnica e da força de trabalho para o controle de vetores que se instalou no país após a descentralização das atividades sanitárias para os municípios, particularmente em relação à malária na Região Amazônica e à dengue em todo o território nacional.
4) Apesar da reconhecida subnotificação dos casos de dengue, a doença aumentou no país entre 1986 e 2002 em mais de 1000%, e nos quatro primeiros meses de 2008 já tivemos mais mortes do que na epidemia de todo o ano de 2002, além de um aumento no número de casos superior a 300% no mesmo período.
5) Esses números demonstram a incapacidade do atual Sistema Nacional de Saúde de controlar a doença e apontam para a necessidade de novas estratégias de controle.
Diante do notório fracasso no controle da transmissão da dengue pelo Sistema Nacional de Saúde e até mesmo da atenção à doença pelo SUS, o plenário da Academia Nacional de Medicina sugere as seguintes medidas:
1) Organização de forças-tarefa pela Secretaria de Vigilância em Saúde com técnicos da FNS, de institutos de pesquisa e de universidades (epidemiologistas, entomologistas, virologistas e clínicos) para orientar estados e municípios no controle da dengue e de outras endemias.
2) Financiamento adequado para um programa de saneamento básico, controle e vigilância de doenças transmissíveis por vetores, independentemente da posição política dos governantes de estados e municípios.
3) Fiscalização do desempenho de estados e municípios, através do monitoramento de doenças transmitidas por vetores, premiando os de bom desempenho e intervindo, nos limites da lei, nos de desempenho precário, uma vez que os vetores não respeitam fronteiras e prejudicam o controle das unidades vizinhas.
4) Reestruturação do SUS, adequando a remuneração profissional de acordo com o mercado, a fim de que estados e municípios mantenham profissionais qualificados com a devida estabilidade.
5) Reorganizar a Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, com um corpo permanente de técnicos, a fim de que suas ações sejam contínuas, mantendo as ações básicas de saúde pública, em consonância com o dirigente da pasta responsável pelas diretrizes políticas, a exemplo dos países com pleno desenvolvimento.
6) Estimular a educação das crianças, objetivando a conscientização da importância da responsabilidade de cada um no controle e na prevenção das doenças transmitidas por vetores.
Fonte: Jornal O Globo - 13/05/2008

Dengue X Medicamentos


O tratamento da Dengue é sintomático, isto é, são utilizados medicamentos apenas para amenizar os sinais e sintomas, e não para combater o vírus. O próprio sistema imunológico acaba com o vírus em alguns dias. Mesmo assim, deve-se fazer repouso, não se agasalhar excessivamente e beber muito líquido para evitar a desidratação proporcionada pela febre e evitar sintomas maisdesagradáveis.
No caso da forma hemorrágica, é recomendada a aplicação de soro e plasma. Em alguns casos mais graves pode haver a necessidade de transfusão de sangue.
Embora não tenha qualquer estudo, é o paracetamol Dôrico (R), Tylenol (R) etc, o fármaco mais utilizado para tratamento da dor e febre no paciente com dengue.Vale ressaltar que o vírus do dengue causa, em praticamente 100% das pessoas infectadas, um quadro de hepatite, e o paracetamol é muito tóxico para esse órgão e poderá agravar o problema.
O ácido acetil-salicílico (AAS(R), Aspirina(R), Melhoral(R), Doril(R) etc) é contra-indicado, porque essa substância interfere nos mecanismos de coagulação e pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Baseado nos perfis do medicamento e da doença, os medicamentos que poderiam ser utilizados com um pouco mais de segurança seriam a dipirona (Novalgina(R),Dorflex(R), Anador(R) etc.) e o ibuprofeno (Dalsy(R), Alivium(R)). Mas sempre de forma comedida e com orientação médica.
Na maioria das vezes, o doente se recupera em uma semana. A recuperação costuma ser total, não deixando nenhum tipo de seqüela. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo, geralmente em até quinze dias. Paracetamol é uma substância que exige um esforço do fígado para metabolizá-la. A diferença entre a dose terapêutica e a tóxica é muito pequena.>> Segundo a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos, um adulto saudável deve ingerir, no máximo, quatro gramas de paracetamol por dia. Para crianças, a dose recomendada é de cem miligramas por quilo de peso. Mas o mais seguro é consumir o mínimo possível. O excesso pode causar hepatite medicamentosa. Hepatite tóxica mata rapidamente, adultos e crianças.Ela pode ser a verdadeira causa de vários óbitos atribuídos ao dengue.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dengue e gravidez

A dengue é uma infecção causada por um arbovírus, do qual se conhece quatro subtipos. Num estudo sobre a doença congênita, com 10 lactentes de mães que tiveram dengue na gravidez (entre a décima e a vigésima oitava semana) não se detectou infecção intra-uterina. Os soros fetais apresentaram anticorpos IgG contra dengue tipo 1, por teste imunoenzimático, provavelmente transmitidos passivamente. Esses anticorpos, analisados de forma prospectiva em 8 casos foram declinando progressivamente até desaparecem aos 8 meses de idade, anticorpos do tipo IgM contra dengue não foram detectados. O tempo gestacional normal, o índice de apgar, o peso e as placentas normais dos neonatos, bem como a ausência de malformações, foram evidências contrárias a infecção intra-uterina. Os exames clínicos das crianças, 3 e 8 meses após o nascimento mostraram esplenomegalia, micropoliadenopatia e anemia. Contudo esses são achados possíveis nessa faixa etária e, comumente, atribuíveis à infecção por outros agentes ou a problemas nutricionais, não devendo, portanto, ser relacionados a doenças congênitas por dengue. Outro trabalho, realizado na Guiana Francesa, entre 1 de janeiro de 1992 a 1 de abril de 1998, seguiu 22 gestantes com episódios febris de dengue prováveis ou confirmados. Nesse estudo, três fetos morreram após o surgimento da doença, e foram constatados três outros casos em que houve prematuridade. Todas as outras crianças tiveram exames físicos normais e em nenhum caso houve dengue febril neonatal. Então, os autores concluíram que o episódio febril de dengue na gestação não pode ser associado com qualquer malformação nos conceptos, mas pode ter sido responsável pelo aumento na taxa de mortalidade fetal, embora se admita que novos estudos devam ser realizados para que esta última hipótese seja confirmada.
A dengue não aparece se correlacionar com o aumento na taxa de malformações congênitas em fetos cujas mães estão com a doença. Contudo, a hipertemia que a doença ocasiona pode causar danos: por isso, recomendamos o uso de medidas conservadoras para diminuir as complicações.
Costumamos informar a todas as nossa pacientes sobre o risco de malformações na população em geral, que é de 3%.
Sugerimos para todas as gestantes a realização de ultra-sonografia para avaliação de morfologia fetal inicialmente entre 14 e 16 semanas de gestação e, novamente, entre 20 e 22 semanas.

Sintomas da Dengue

Especialista analisa possíveis sintomas da Dengue

http://www.youtube.com/watch?v=iQQo9Vj9Yrc.

Novo exame detecta dengue em apenas 24 horas

Acaba de ser aprovado para venda no país um novo kit de detecção da dengue que permite o diagnóstico da doença em, no máximo, 24 horas. O exame sorológico utilizado atualmente leva pelo menos seis dias para confirmar a presença do vírus.

"O exame acusa a doença antes mesmo de os sintomas clínicos aparecerem, com uma eficácia de 91%", afirma Helena Koukalova, pesquisadora da Bio-rad. Segundo ela, isso permite que os médicos atuem precocemente, evitando a evolução para quadros mais graves, como a própria dengue hemorrágica.

Além disso, o método teria a vantagem de não produzir reações cruzadas na presença de doenças como a malária, o que é comum acontecer com a sorologia tradicional.

Estudos preliminares com o kit feitos pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), apresentaram resultados promissores, segundo o pesquisador Márcio Nunes. "Ainda faltam pesquisas com amostras mais amplas, mas o teste tem se mostrado rápido e eficiente", diz ele.

O Platelia T Dengue NS1 Ag Assay foi desenvolvido pelo laboratório americano Bio-rad, em parceria com o Instituto Pasteur, da França, e já é utilizado em países como Colômbia, México e Paraguai, apesar de ainda não ter sido adotado como padrão pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O teste foi registrado no final do mês passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não há qualquer previsão para sua utilização na rede pública.

Desde o início do ano, 135 mil casos de dengue foram contabilizados pelo Ministério da Saúde.

Fonte:
UOL

Empresa carioca desenvolve bioinseticida contra dengue

Produto foi criado a partir de um microorganismo que ataca a larva do mosquito transmissor da doença, o que aumenta a eficácia da substância.

A preocupação com o avanço da dengue no estado do Rio de Janeiro, onde já foram notificados
este ano mais de 32 mil casos suspeitos da doença, segundo o Ministério da Saúde, mobilizou toda a atenção do biólogo Marcelo Castilho e da engenheira agrônoma Kátia Castilho. Irmãos e sócios da empresa carioca Agribio, se juntaram para vencer o desafio de encontrar um inseticida natural contra o mosquito transmissor da doença o Aedes Aegypti. Todo o empenho deu resultado e eles acabaram por encontrar a fórmula.
Para chegar a este resultado, os pesquisadores isolaram a bactéria que estava presente na larva do mosquito, o Bacillus thuringiensis, que foi cultivada em laboratório. A bactéria do concentrado ataca a larva e produz uma toxina que se liga às células, provocando uma infecção generalizada. "Isso interrompe o ciclo da doença porque a larva sequer chega a se desenvolver e não há tempo de criar resistência ao inseticida".
Outro diferencial importante neste trabalho é que foram usados apenas exemplares de mosquitos locais. "Este detalhe é fundamental porque garante uma eficiência de 100%, já que são levadas em conta as características do meio ambiente, ao contrário do composto utilizado com bactérias importadas", afirma Kátia Castilho. "Para ser eficaz, este composto importado ainda tem que ser colocado na água, em gotas e em espaços regulares. É um sistema pouco prático", completa o biólogo.
Marcelo também não concorda com o popular 'fumacê'. "É uma fumaça de insetitica químico, pois agride o meio, além de ser de largo espectro, matando não só o mosquito da dengue, como também os insetos benéficos", afirma.

Incubação

A rapidez para produzir em grande escala e o baixo preço do bioinseticida são ressaltados por Marcelo Castilho. "O processo de incubação dura apenas de dez a 15 dias. Com 100 ml de concentrado diluído em 20 litros de água já seria uma solução suficiente para proteger uma casa pequena", informa Marcelo. Os primeiros cálculos dos pesquisadores mostram que o preço ficaria em torno de R$ 20 o litro. Além disso, como o produto é feito com bacilo vivo, o efeito residual pode durar anos, sem qualquer prejuízo para as pessoas ou para o meio ambiente'.

www.interjornal.com.br asn.interjornal.com.br

Vídeo sobre armadilha caseira para o mosquito Aedes Aegypti:

www.youtube.com/watch?v=NRgE_0FkWu0&feature=related

Perguntas freqüentes:

De onde veio o mosquito Aedes aegypti?

É originário da África Tropical característico de países com clima tropical e úmido, introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontra-se amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África

Qual é o principal mosquito transmissor da dengue?

É o mosquito Aedes aegypti.

A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue?

Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais.

É verdade que somente a fêmea do mosquito pica as pessoas?

Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar seqüência no seu ciclo de vida.

Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes aegypti?

O Aedes é parecido com o pernilongo comum, e pode ser identificado por algumas características que o diferencia como: corpo escuro e rajado de branco e possui hábito de picar durante o dia.

Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue?

Sim, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.

É possível distinguir a picada do Aedes aegypti com a de um mosquito comum?


Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de qualquer outro mosquito.

Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra?

Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.

Como uma pessoa infectada transmite o vírus?

A transmissão só ocorre se ela for picada pelo Aedes durante seis dias - um antes de apresentar os sintomas da doença e cinco dias após o aparecimento da febre. Ao picar outra pessoa, o inseto a infecta. Entretanto, 20 a 50% dos casos, segundo estudos, podem ser assintomáticos e, no entanto, a pessoa infectada, que foi picada mas não apresentou sintomas ou sinais clínicos da doença, pode transmitir o vírus para o mosquito que será capaz de infectar pela nova picada outra pessoa suscetível. A pessoa é suscetível ao tipo de vírus que não teve antes, para ficar imune ao dengue precisa ter sido infectada pelos quatro sorotipos.

Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença?

Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas urbanas, também pode transmitir a dengue.

Todo Aedes transmite a dengue?

Não, apenas os infectados. O mosquito só transmite a doença se tiver contraído o vírus.

Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente?

É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso, muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar despercebidos ou confundidos com gripe, existindo ainda, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada.

Deve-se tomar algo quando houver a suspeita de dengue?

Não. A receita de medicação deve ser dada pelo médico. Evitar tomar ácido acetil salicílico (AAS) e todos os medicamentos derivados (antiinflamatórios), bem como dipirona.

Por que foi possível fazer uma vacina para febre amarela e não está sendo possível fazer uma vacina contra dengue?

No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são conhecidos quatro variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados no Brasil (sendo que o tipo 4 só na Amazônia). A rigor, uma vacina para um tipo não dará imunização para outro.




SINTOMAS


Quais são os principais sintomas da dengue?

Febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele.

Quanto tempo leva desde a picada do mosquito até a manifestação dos sintomas?

Os sintomas começam a aparecer cerca de três a sete dias depois da picada do mosquito. Às vezes, o período de incubação pode alcançar até 15 dias.

A pessoa pode estar com a doença e apresentar apenas alguns dos sintomas? Não ter febre, por exemplo?

Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.

A pessoa pode confundir a dengue com uma gripe forte? Como saber a diferença?

Sim. A melhor forma de se ter certeza é procurando um médico e eventualmente realizando exames.

Quem teve Dengue fica com alguma complicação?

Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.




TRATAMENTO




A partir de que momento deve-se procurar um médico?

A partir dos primeiros sintomas.

Qual é o tratamento para a doença?

A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.

Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico como "Aspirina, Melhoral, AAS ?

Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.

Qual é o tempo de cura para dengue?

A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.

Há cuidados especiais com bebês e crianças pequenas?

Nas crianças pequenas a doença assemelha-se mais a uma infecção viral inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.

Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente ou fica imune?

Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou a infecção, além do que, por um período de alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus diferente daquele que se contaminou antes poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.




DENGUE HEMORRÁGICA



Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica?

A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente.

As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo hemorrágico?

Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectada pela primeira vez, portanto pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas.

Por que ela é mais perigosa?

Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.

Que tipo de exame identifica a dengue hemorrágica?

Há três exames que podem ser utilizados: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.

Quais são os sintomas da versão hemorrágica?

A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. A febre reaparece após ter cessado, causando suor, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave o fígado fica mole e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões.

Uma pessoa que nunca teve dengue pode contrair dengue hemorrágico na primeira contaminação?

Sim. Todos os quatro sorotipos de dengue 1,2,3 e 4 podem produzir formas assintomáticas, brandas e graves, incluindo fatais. Deve-se levar em consideração três aspectos:

1. Todos os quatro sorotipos podem levar ao dengue grave na primeirainfecção, porém com maior freqüência após a segunda ou terceira, sem haver diferença estatística comprovada se após a segunda ou a terceira infecção;

2. Existe uma proporção de casos que têm a infecção subclínica, ou seja, são expostos à picada infectante do mosquito Aedes aegypti mas não apresentam a doença clinicamente, embora fiquem imunes ao sorotipo com o qual se infectaram; isso ocorre com 20 a 50% das pessoas infectadas;

3. A segunda infecção por qualquer sorotipo do dengue é predominantemente mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua seqüência. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são considerados mais virulentos.
É importante lembrar que muitas vezes a pessoa não sabe se já teve dengue por duas razões: uma é que pode ter tido a infecção subclínica (sem sinais e sem sintomas), e outra é pelo fato da facilidade com que o dengue, principalmente nas formas brandas, pode confundir-se com outras viroses febris agudas.

Transfusão de sangue é aconselhável no caso de dengue hemorrágico?

A transfusão é desaconselhada enquanto o nível de plaquetas não for inferior a 10 mil plaquetas por mililitro (uma situação de emergência, poiso nível normal é de 200 a 300 mil plaquetas por mililitro).

Qual é o tratamento?

Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos há a necessidade de transfusão de sangue.

O mesmo mosquito que transmite dengue clássica pode transmitir a hemorrágica?

Sim.

Qual a taxa de mortos entre os contaminados?

De acordo com as estatísticas a chance de morte no caso da primeira manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica a taxa é de aproximadamente 3%.




PRECAUÇÕES COM O MOSQUITO





O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a doença?

Sim, de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.

Por que algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes?

Por características do sistema imunológico de cada um.

É verdade que o mosquito não pica a noite?

A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.

Que outros hábitos o Aedes tem?

O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.

É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê?

Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.

Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica?

As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.

Quanto tempo vive o Aedes?

A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.

Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida?


Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.

Por que a água acumulada é tão perigosa?

Porque a fêmea deposita seus ovos em locais com água acumulada.

Água de piscinas é uma ameaça?

Não se estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em quantidade correta. Caso contrário será um criadouro de mosquitos.

Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos?

Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.

Ovos ressecados do Aedes também são perigosos?

Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um) ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça.

O repelente funciona? Quantas vezes devem ser aplicadas por dia?

Os repelentes possuem ação limitada e não elimina o mosquito, apenas o mantém distante.

O uso de inseticida contra o Aedes pode torná-lo imune ao produto químico utilizado?

Sim, pode.

Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes?

Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de alcance e a duração são restritos.

A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente?

Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas.

Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o Aedes?

A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.

Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios?

Sim, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.

Quanto tempo eles sobreviveriam numa viagem dessas?

Cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.

Qual é a autonomia de vôo do mosquito?

O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento.

A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos adultos?

Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticida só é eficaz no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.

Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir?

A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.

Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito?

Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois disso, não infecta mais o mosquito.

Agência Fiocruz de Notícias - Saúde e ciência para todos

Agência Fiocruz de Notícias - Saúde e ciência para todos: "Veja o vídeo O mundo macro e micro do Aedes aegypti, sobre o mosquito trasmissor do dengue
Atenção"

Sintomas da Dengue

O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.

Combate ao mosquito

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Tratamentos e Cuidados

O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.

É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.

O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas, que podem permanecer por 10 dias.

É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico.

Anvisa libera homeopatia para dengue

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o uso do remédio homeopático da dengue que vinha sendo distribuído pela Prefeitura de São José do Rio Preto, interior de SP, e que foi vetado em março pela Secretaria da Saúde do Estado.

Em reunião conjunta com o Ministério da Saúde, a secretaria paulista e a Secretaria Municipal de Saúde de São José de Rio Preto, a agência decidiu que o remédio pode continuar sendo distribuído desde que seja usado nos casos sintomáticos de dengue e com receita médica individualizada.

Ao interditar o medicamento, a secretaria estadual alegou que ele não tinha comprovação científica de eficácia e descumpria regras de manuseio e distribuição, entre outras coisas. Já a secretaria municipal negou as denúncias e impediu que técnicos do governo recolhessem o produto.

Citronela

Comercializada no estado de Minas Gerais, a Citronela é uma planta que libera substâncias capazes de repelir mosquitos. Sua utilização é considerada de grande eficácia no combate aos transmissores da Dengue e do Calazar. É uma alternativa bastante eficaz, pois os mosquitos não suportam a substância liberada por ela. Infelizmente, não é comercializada em muitos Estados do Brasil.

O Mito da água Limpa

Durante muitos anos, ouviu-se falar que o mosquito da Dengue apenas se reproduzia em água limpa, no entanto essa “crença popular” foi desmentida.Um médico clínico explica que isso não faz o menor sentido, pois, em sua fase larval, o mosquito precisa de nutrientes que não são encontrados em águas limpas, purificadas. A fêmea tende a procurar uma água parda, pouco sujinha, para que seus ovos sejam bem alimentados e a disseminação dos mosquitos seja feita de forma efetiva”, explica

Dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
Tipos de Dengue
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.

Formas de apresentação

A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
- Infecção InaparenteA pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue ClássicaA Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros
sintomas.
Os sintomas
da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue HemorrágicaA Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica
pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica
, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da DengueEsta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.