domingo, 22 de junho de 2008

Combate ao Mosquito


A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O "papa" da dengue visita o Rio de Janeiro

O médico cubano Eric Martinez, especialista em dengue, em visita ao Rio de Janeiro, disse que desde o fim da maior epidemia de dengue em Cuba, há 27 anos, não é registrado morte de crianças pela a doença. Para ele, uma das maneiras de evitar epidemias é diminuir a possibilidade do contato do mosquito transmissor da dengue com a população.
- A prevenção não é fácil. Depende de educação da população nas escolas, da melhora nas condições de abastecimento de água e ainda melhoria nas condições de moradia – explicou Martinez lembrando que as ações devem ser conjuntas.
O médico falou sobre a importância dos profissionais estarem atentos ao exame clínico para se identificar a forma mais grave da doença.
- A dengue clássica não é uma doença de apenas sete dias. Na verdade, ela dura 90 dias. Depois do período crítico, há uma fase de convalescença e o paciente tem queda de cabelo, irritabilidade, baixa produtividade e as crianças dificuldade de aprendizado – disse o médico recomendando repouso neste período.
Fonte: Jornal O Globo – 29/04/2008

CORDEL CONTRA A DENGUE

“Se quiser viver em paz
Não insulte nem arengue
Nem ande pelo subúrbio
Pra não cair no perrengue
Evitando com cuidado
Pra não ser picado
Pelo mosquito da dengue.”
Mestre Azulão
Ações contra a dengue
Marcos F. Moraes
Presidente da Academia Nacional de Medicina


A Academia Nacional de Medicina, preocupada com a epidemia de dengue de proporções inusitadas que assolam o nosso país e com o crescente número de mortes que vêm ocorrendo em diversos estados brasileiros, e em função dos objetivos do seu estado, que no capítulo II artigo 2º estabelece que “a Academia Nacional de Medicina foi fundada especialmente para responder a perguntas do governo, sobre tudo o que interessar à saúde pública e principalmente sobre as epidemias...”, sugere medidas de curto, médio e longo prazo para debelar este e outros agravos à saúde pública que vem se alastrando pelo Brasil.
A Academia Nacional de Medicina reuniu o seu corpo acadêmico em 17 de abril para debater o tema “Dengue no Brasil: uma tragédia anunciada”, que suscitou uma intensa discussão, particularmente sobre os seguintes aspectos:
1) A fragilidade do SUS no atendimento quantitativo e qualitativo dos casos de dengue.
2) A inadimplência de grande parte dos municípios brasileiros no controle da doença e de sua transmissão, que se arrasta há mais de duas décadas, com altas e baixas ao sabor da sazonalidade que inibe ou estimula o crescimento do vetor e pela própria imunidade da população atingida.
3) A incompetência técnica e da força de trabalho para o controle de vetores que se instalou no país após a descentralização das atividades sanitárias para os municípios, particularmente em relação à malária na Região Amazônica e à dengue em todo o território nacional.
4) Apesar da reconhecida subnotificação dos casos de dengue, a doença aumentou no país entre 1986 e 2002 em mais de 1000%, e nos quatro primeiros meses de 2008 já tivemos mais mortes do que na epidemia de todo o ano de 2002, além de um aumento no número de casos superior a 300% no mesmo período.
5) Esses números demonstram a incapacidade do atual Sistema Nacional de Saúde de controlar a doença e apontam para a necessidade de novas estratégias de controle.
Diante do notório fracasso no controle da transmissão da dengue pelo Sistema Nacional de Saúde e até mesmo da atenção à doença pelo SUS, o plenário da Academia Nacional de Medicina sugere as seguintes medidas:
1) Organização de forças-tarefa pela Secretaria de Vigilância em Saúde com técnicos da FNS, de institutos de pesquisa e de universidades (epidemiologistas, entomologistas, virologistas e clínicos) para orientar estados e municípios no controle da dengue e de outras endemias.
2) Financiamento adequado para um programa de saneamento básico, controle e vigilância de doenças transmissíveis por vetores, independentemente da posição política dos governantes de estados e municípios.
3) Fiscalização do desempenho de estados e municípios, através do monitoramento de doenças transmitidas por vetores, premiando os de bom desempenho e intervindo, nos limites da lei, nos de desempenho precário, uma vez que os vetores não respeitam fronteiras e prejudicam o controle das unidades vizinhas.
4) Reestruturação do SUS, adequando a remuneração profissional de acordo com o mercado, a fim de que estados e municípios mantenham profissionais qualificados com a devida estabilidade.
5) Reorganizar a Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, com um corpo permanente de técnicos, a fim de que suas ações sejam contínuas, mantendo as ações básicas de saúde pública, em consonância com o dirigente da pasta responsável pelas diretrizes políticas, a exemplo dos países com pleno desenvolvimento.
6) Estimular a educação das crianças, objetivando a conscientização da importância da responsabilidade de cada um no controle e na prevenção das doenças transmitidas por vetores.
Fonte: Jornal O Globo - 13/05/2008

Dengue X Medicamentos


O tratamento da Dengue é sintomático, isto é, são utilizados medicamentos apenas para amenizar os sinais e sintomas, e não para combater o vírus. O próprio sistema imunológico acaba com o vírus em alguns dias. Mesmo assim, deve-se fazer repouso, não se agasalhar excessivamente e beber muito líquido para evitar a desidratação proporcionada pela febre e evitar sintomas maisdesagradáveis.
No caso da forma hemorrágica, é recomendada a aplicação de soro e plasma. Em alguns casos mais graves pode haver a necessidade de transfusão de sangue.
Embora não tenha qualquer estudo, é o paracetamol Dôrico (R), Tylenol (R) etc, o fármaco mais utilizado para tratamento da dor e febre no paciente com dengue.Vale ressaltar que o vírus do dengue causa, em praticamente 100% das pessoas infectadas, um quadro de hepatite, e o paracetamol é muito tóxico para esse órgão e poderá agravar o problema.
O ácido acetil-salicílico (AAS(R), Aspirina(R), Melhoral(R), Doril(R) etc) é contra-indicado, porque essa substância interfere nos mecanismos de coagulação e pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Baseado nos perfis do medicamento e da doença, os medicamentos que poderiam ser utilizados com um pouco mais de segurança seriam a dipirona (Novalgina(R),Dorflex(R), Anador(R) etc.) e o ibuprofeno (Dalsy(R), Alivium(R)). Mas sempre de forma comedida e com orientação médica.
Na maioria das vezes, o doente se recupera em uma semana. A recuperação costuma ser total, não deixando nenhum tipo de seqüela. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo, geralmente em até quinze dias. Paracetamol é uma substância que exige um esforço do fígado para metabolizá-la. A diferença entre a dose terapêutica e a tóxica é muito pequena.>> Segundo a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos, um adulto saudável deve ingerir, no máximo, quatro gramas de paracetamol por dia. Para crianças, a dose recomendada é de cem miligramas por quilo de peso. Mas o mais seguro é consumir o mínimo possível. O excesso pode causar hepatite medicamentosa. Hepatite tóxica mata rapidamente, adultos e crianças.Ela pode ser a verdadeira causa de vários óbitos atribuídos ao dengue.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dengue e gravidez

A dengue é uma infecção causada por um arbovírus, do qual se conhece quatro subtipos. Num estudo sobre a doença congênita, com 10 lactentes de mães que tiveram dengue na gravidez (entre a décima e a vigésima oitava semana) não se detectou infecção intra-uterina. Os soros fetais apresentaram anticorpos IgG contra dengue tipo 1, por teste imunoenzimático, provavelmente transmitidos passivamente. Esses anticorpos, analisados de forma prospectiva em 8 casos foram declinando progressivamente até desaparecem aos 8 meses de idade, anticorpos do tipo IgM contra dengue não foram detectados. O tempo gestacional normal, o índice de apgar, o peso e as placentas normais dos neonatos, bem como a ausência de malformações, foram evidências contrárias a infecção intra-uterina. Os exames clínicos das crianças, 3 e 8 meses após o nascimento mostraram esplenomegalia, micropoliadenopatia e anemia. Contudo esses são achados possíveis nessa faixa etária e, comumente, atribuíveis à infecção por outros agentes ou a problemas nutricionais, não devendo, portanto, ser relacionados a doenças congênitas por dengue. Outro trabalho, realizado na Guiana Francesa, entre 1 de janeiro de 1992 a 1 de abril de 1998, seguiu 22 gestantes com episódios febris de dengue prováveis ou confirmados. Nesse estudo, três fetos morreram após o surgimento da doença, e foram constatados três outros casos em que houve prematuridade. Todas as outras crianças tiveram exames físicos normais e em nenhum caso houve dengue febril neonatal. Então, os autores concluíram que o episódio febril de dengue na gestação não pode ser associado com qualquer malformação nos conceptos, mas pode ter sido responsável pelo aumento na taxa de mortalidade fetal, embora se admita que novos estudos devam ser realizados para que esta última hipótese seja confirmada.
A dengue não aparece se correlacionar com o aumento na taxa de malformações congênitas em fetos cujas mães estão com a doença. Contudo, a hipertemia que a doença ocasiona pode causar danos: por isso, recomendamos o uso de medidas conservadoras para diminuir as complicações.
Costumamos informar a todas as nossa pacientes sobre o risco de malformações na população em geral, que é de 3%.
Sugerimos para todas as gestantes a realização de ultra-sonografia para avaliação de morfologia fetal inicialmente entre 14 e 16 semanas de gestação e, novamente, entre 20 e 22 semanas.

Sintomas da Dengue

Especialista analisa possíveis sintomas da Dengue

http://www.youtube.com/watch?v=iQQo9Vj9Yrc.